Capoeira e Patrimônio Imaterial do Espirito Santo
O Plenário da Assembleia Legislativa (Ales) aprovou, na sessão ordinária desta terça-feira (27), a inclusão da capoeira como patrimônio imaterial do Espírito Santo. A ideia foi proposta pela deputada Luzia Toledo (PMDB) no Projeto de Lei nº 589/2009
A proposta ainda pontua a capoeira como instrumento de auxílio da promoção social e de desenvolvimento comunitário da sociedade. Para o deputado, o esporte abrange vários aspectos sociais. Arte A capoeira é uma arte marcial que utiliza a flexibilidade, domínio de corpo, esquivas, insinuações, quedas e faz uso das partes do corpo como forma de defesa. Seu movimento básico é a ginga. O esporte geralmente é praticado com acompanhamento de instrumentos musicais, o mais famoso deles é o berimbau. Atualmente é praticada em mais de 164 países.
Desenvolvida no século XVI, a capoeira foi criada pelos escravos trazidos dos países africanos, principalmente da Angola, como forma de proteção contra a repressão dos colonizadores. Como não podiam praticar artes marciais, os escravizados utilizavam o ritmo das batidas de tambores e os movimentos das danças africanas para disfarçar a luta. O nome surgiu porque, além das senzalas, a capoeira era praticada, muitas vezes, em campos com pequenos arbustos, chamados na época capoeiras ou capoeirão. Em entrevistas à imprensa capixaba, o mestre de capoeira Rogério Sarlo de Medeiros Filho (Mestre Capixaba) explica que negros fugitivos das senzalas passaram pelo Espírito Santo a caminho da Bahia e de Pernambuco.
Segundo o Mestre, alguns se firmaram em Conceição da Barra e São Mateus. Assim, em sua concepção, o principal eixo de capoeira no Brasil é formado pelo Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, com o Espírito Santo no meio. Se liga nas coisas capoeiristas capixabas.
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